Florbela, espanca-me…
Vira-me as tripas com o ancinho,
Bate o chicote devagarinho…
Florbela espanca-me.
Florbela, bate-me
Trucida-me com a dama de ferro
Tortura-me até ao enterro
Florbela espanca-me
Mas por favor não comas os meus lápiz de cor
Mas, Florbela, não desapertes a minha trela
Florbela, bela flor do Mal
Foi em Setembro que me partiste a dentadura
Acorrentaste-me numa gruta escura
Depois, nunca mais apareceste
E ainda hoje espero por ti, Florbela
Florbela, chateia-me os cornos
Esconde a televisão quando vejo a bola
Dá cá o tacão para eu lamber a sola
Florbela espanca-me, mastiga-me, estica-me, ata-me