Remix de um remix
Aqui vai um remix para ser remixado (em redobles) do Material Vieira
“estava próxima a Páscoa dos judeus
e Jesus subiu a Jerusalém.
No Templo,
encontrou os vendedores de bois, ovelhas e pombas
e os cambistas que estavam aí sentados.
Fez então um chicote de cordas
e expulsou todos do Templo,
junto com as ovelhas e os bois;
espalhou as moedas
e derrubou as mesas dos cambistas.
E disse aos que vendiam pombas:
‘Tirai isto daqui!
Não façais da casa de meu Pai uma casa de comércio!’
Seus discípulos lembraram-se, mais tarde,
que a Escritura diz:
‘O zelo por tua casa me consumirá’.
Então os judeus perguntaram a Jesus:
‘Que sinal nos mostras para agir assim?’
Ele respondeu:
‘Destruí, este Templo,
e em três dias o levantarei.’”
A arte portuguesa é tão boa…
Tão boa, tão boa….
Já foi melhor e nunca foi tão boa. A arte portuguesa é a mais bela do Mundo
A mulher portuguesa é o origami da Arte portuguesa quando se dobra em posições impossiveis. Daí vêm-se em orgasmos cascáticos as gravuras de foz cona, erradamente atribuidas a Foz Côa, poeta errático do séc das trevas português, as pinturas de
Todos os seculos são séculos das trevas portugueses
Portugueses: Sois tenebrosos
E portanto luminosos.
como a que não é nem deixa de ser portuguesa que é tão boa como as melhores quando não se limita a ser só das melhores quando não se limita a ir com as outras marias vomitar nas pias.
As pias das tias são as castanhas espumas dos dias nos entroncamentos dos nossos rios, esgotos a céu aberto da nossa consciencia anal.
Devemos ir com as outras marias?
Mariazinha quero ir á cu-zinha pra cheirar teu bacalhau
Animal portuguesa: O Vaca-lhau
Onde enfio o meu pincel de príapoi
Onde borro em mil matizes petizes quais espermatozoides- que ganham a consciencia das suas pernas de rã
Batráquios de todo o Mundo uni-vos! Vamos! Vamos!
Mas ir para onde? Quermos vomitar de gatas em retretes de museus? Devemos pensar com os nossos próprios testículos que pensam imprópriamente os próprios testículos e os ovários ao contrário?
O Ovário é o mundo perfeito, está feito
Já está tudo feito.
Perfeito
Desfeito
Não tivemos colonização, tivemos colhonisação
O Testículo é um pre-texto pensante. Tudo o resto é ovários intelectuais e actuais como os demais.
O textículo é texto feito com o testículo.
Assim, Camões escreveu com os seus colhões
Ah grande Camões,
Se tivesse a tua pena
E as tuas ilusões
Escreveria ás centenas
Poesias nos balcões
Tudo o resto é muito bonito e vivemos num mundo muito bonito e vivemos num mundo variegado à beira da extinção do variegado, à beira da extinção de tudo o que se desvia de tudo o que se desvia das hipotéticas regras híper contraditórias que são imitações de outras hipotéticas regras híper contraditórias que os vendilhões impingem à sociedade democrática controlada
Democracia sim, mas controlada
Controlada pelos vendilhões
Arte sim mas controlada
O génio está na mediocridade
A mediocridade é controlável.
Os vendilhões são os mexilhões do abysmo, os necromanos da democracia.
Uma sociedade democrática pode constituir um verdadeiro perigo para os accionistas. deixa-nos com o verdadeiro perigo que sobra aos accionistas. Os próprios accionistas são os principais inimigos dos accionistas.
Castelos no Ar, Vacas rigorosamente decepadas,
E Deixa-os lá falar, diz o velho do Restelo no seu Jaguar. Há de se cansar e morrer na cruz do esquecimento, ó filho! Assim o verdadeiro artista, aquele que assina como verdadeiro artista, aquele que faz a arte e que continua fazer a arte e que continua o cordão umbilical que vem do cordão umbilical que vem de Lascaux ( mesmo que alguns afirmem vir apenas do Sec. XIX, devido à modernidade, essa ruptura simiesca) é também um símio que se reconhece na aldeia de macacos da modernidade e seus posts afins. E fica contentíssimo com o estar a macaquear-se de contentamento.
Deveríamos ser um nicho exóctico neo-neanderthalóide? Hoje será mais simples de compreender o que sempre foi simples de compreender? Se não se compreender alguém tem de mais uma vez explicar a arte que de se dá a explicar, a arte autista que se pode fazer, e que deve ser autista para se poder fazer em auto explicadista para no fundo prometer a valer. Porque o publico é burro, um dejecto explicadista com desprezo acoplado de se achar importante público. E sendo o publico burro, não percebe nada de arte mesmo que queira e não seja intrinsecamente estúpido. Nem se percebe se percebe ou não percebe nada de arte porque a arte não ajuda a ser perceptível ou é incompreensível às vezes. Não tem profundidade na sua intuição plástica, nem tem profundidade na sua intuição teórica. Tens de lhe fazer um desenho porque já ninguém sabe fazer um desenho e dos que sabem fazer desenhos os piores são os artistas não só a fazer mas a compreender os desenhos. É preciso fazer-lhes desenhos para compreenderem os desenhos que já não conseguem fazer. De resto, os agentes policiais do Mundo são os Jesuses da Arte. Jesus cristo seria hoje preso se aparecesse a pintar ou a desenhar e se escarrasse nos vendilhões do templo da arte a discursar, em mau ,vagas teorias de arte?
Um artista para vingar como artista evita ser original. Só tem que evitar ser original porque só tem hipótese se for desoriginal. Ao contrario dos exóticos, instalados na sua legitimidade dos exóticos, instalados na sua legitimidade politicamente correcta, ele tem de seguir a senda politicamente correcta, ele tem de seguir aquilo que os galeristas-colecionadores-curadores-críticos acreditam sem acreditarem naquilo que se julga que os galeristas-colecionadores-curadores-críticos acreditam ser o paradigmático da arte que está a dar.
Para quando um Museu do Esquecimento?
O Janus da arte está em parecer ser o paradigmático Janus da arte. Como dizia o sábio de orelhas de burro: “Não inventes! Isso é coisa de burro! Não inventes porque há uma máquina a inventar-te para que sejas inventado!” A isto acrescenta-se uma suposta originalidade portuguesa nas artes: acrescenta-se uma originalidade nas artes a fazerem-se portuguesas às escondidas das espanholas, das russas, das escocesas e das guinienses: “Não rias não provoques não gozes , não teimes, não queimes, não asses, não disfarces, que isto é muito sério a fingir não ser a sério seu palerma!”. A arte que podes fazer é palerma. A arte que podes fazer acaba por equívoco em arte chinesa, em arte indiana, em arte sul americana, em arte dos perturbados, em arte gay americana com sotaque espanhol, em arte de anões esquimós, em arte transgénero hispânica, em arte do politicamente correcto com clichês machistas-leninistas-feministas e berloques kitsch e galeristas alemães.
Ah, é a tal arte pedagógica sobre ela própria. A arte faz cada vez mais arte sobre a arte pedagógica sobre ela própria. A arte da tecnologia gosta da arte do bom acabamento que faz minetes à tecnologia. A arte do bom acabamento competente acha que é a arte exdruxúla da Filosofia. A arte competente e da provocação aparente para consumo dos novos ricos do post-capitalismo financeiro é arte que se faz passar por incompreensível Filosofia (ou nem por isso) com piscadelas de olho à política mais radical (no clássico urinol!). Vendemos o que é também o ar do tempo muito depressa. Vendemos política com conversa fiada. Vendemos a arte de vender o ar do tempo. Vendemos também o ar do templo em saldos. Vendemos artistas jovens para imolar no templo das finas finanças. Vendemos revelações dos melhores do mundo com garantia de revolução adiada e permanente. Dar-vos-emos os melhores do mundo em três tempos e quando estiverem usados deitá-los-emos fora em três tempos. Quando estiverem reciclados, revisitados, redescobertos também os deitamos fora para baixo da alcatifa das revistas actuais para serem antigas, pitorescas, patuscas, curiosas, vintage, amigas. Para baixo da alcatifa das revistas de arte usadas é que é! Há artistas que à partida já são para arte usada e esquecida. Há artistas que já ninguém quer, malabaristas que caíram fora do goto, predestinados para não terem rede, ou terem a rede rota. O artista português quer a rede que não tem para ser malabarista remendado e mal negociado. O artista português é um esquimó que se enganou na geografia. Passou rápidamente de novo a exótico e depois a anedótico. É um esquimó que passou uma vida a fazer figurinhas que são cópias talvez fieis de figurinhas em marfim de leão marinho. Agora o seu marfim vale apenas o marfim barato de leão marinho. Agora o seu filho faz instalações com baleias e o filho do filho faz instalações com baleias e petroleiros!!! A Arte é uma baleia esmagada por petroleiros!!! A Arte é uma baleia com pés de chumbo. A Arte com pés de chumbo vencerá!!!
A Arte é tudo no Tudo da Arte. É Panarte que é tudo abaixo de tudo, escarrada, esmiuçada, avacalhada e escorraçada pela fada. O Tudo é Arte-Panarte acompanhado de Panadinhos de arte. Vejam aqui estes maravilhosos Panadinhos de arte do Capitão Vilão. Vejam aqui esta maravilhosa e corajosa artista feminista armada em maravilhosa e corajosa artista feminista na sua exposição dos problemas de género a gesticular géneros de problemas! Amamos a sua exposição de geniais problemas de género, muito genéricos, e receitados! A sua arte respira o ar da sua arte e respira mal o ar do tempo! Jesus Cristo era uma mulher fora do tempo! Jesus Cristo era uma mulher maluca sem cancro da próstata! Os apóstolos também!
Toma lá a arte chinesa, a arte indiana, a arte a sul do conceito, a moda da última estação no salão, a moda do primeiro estafermo no inferno, a moda da moda de não estar na moda, a moda do espectador boquiaberto, a moda dos vendilhões do incerto. O espectador boquiaberto deixa entrar na boca a mosca varejeira dos vendilhões e as soluções que irão em saldos a leilão. Em banha da cobra e em soluções venham os papões. De banha da cobra e de ironia sai uma virgem Maria. Vejam este artista ex colonial a expôr fotografias de “pretos oprimidos” no quintal. Vejam este artista post-colonial que transpira a verdadeira realidade cosmopolita de aproveitar para negócio próprio o sofrimento alheio. Sintam a sovaqueira dos problemas metapolíticos da reversão civilizacional com Museu e ministro pateta a achar giro! Já ninguém acredita em problemas metapolíticos da reversão civilizacional senão na arte de denúncia para juntar ao repertório museológico da má consciência! Mas que há opressão aqui e agora em toda a parte do mundo, fodida a valer, ai isso há! Atenção fregueses!
Já não interessa “como é engraçadinho”. Agora é “como eram engraçadinhos”. E ainda por cima com o tal respeito por uma cultura de falso respeito, ou uma cultura de luta sem ter que ir à luta por uma identidade transgénica de nativo típico internacionalizado. Amilcar Cabral em pai de Natal. Tudo luta por uma identidade astuta. E é mesmo isso expresso nas novas e radiosas democracias europeias, africanas, orientais, sul-americanas, em crise, pouco exemplares, gananciosas, corruptas, filhas da puta. Tudo isso impresso nas gastas e baças formas da arte ocidental-acidental – temperadas museologias com ganas de exotismo fresco, quando já não há exótico, mas apenas o aculturado servilismo de uma ocidentalização rasca em metropoles hiper-poluídas. O exótico é o antigo que já não está lá disfarçado de novo por vir. O exótico é o ovo podre de um novo que por aí não vai vingar. E agora meus cabrões?
A arte política que reflecte sobre o seu tempo
A arte que se vende no Mercado como protesto anticapitalista
Se o comunismo desse lucro estariamos a fabricá-lo
Mas o marxismo dá luta dá lucro daily daily dô, papagaio voa!
O artista marxista mais marxista que Marx
Utiliza a tendência groucho para fazer negócios de pantomina
Pantomina = Panto + Mina
O Tudo e a esposa de Drácula
Ou Pranto- Mina, Esperanto- Mina
Mina: riqueza subterranea,
mineral.
Ouro
O meu menino é de Ouro
Depois da fonte de Duchamp, a sanita de ouro maciço. Está certo. Como o lobo que diz aos cordeiros: votem em mim. Não minto. Vou-vos comer a todos.
Quanto mais crítico do sistema, mais sedento de se fundir com ele.
De fornicar com o sistema, ter criaturas-arte com o sistema. Criaturas que são depois adoptadas pelas criaturas de ficção científica que são os compradores de arte contemporânea. O futuro é já ontem!
Queres o quê? Estar no teu cantinho plantado á beira do tsunami a fazer a tua artezinha terapeutica ou transmenipeica e fazer de conta que não tens nada a ver com o mundo da arte? Ninguem te vê, homenzinho. O mais cego é quem não quer ver e o Mundo da Arte, que há de ser um paraiso tipo Disney, não te quer ver.
É o resultado da tua birra
“Desde que me sinta bem a fazer o que eu faço…”
E o autobroche, Jovem centenário? Bastas-te a ti mesmo ó pescadinha de rabo na boca!
O Mundo da arte é uma maçã de Eva
Como aquelas que se vendiam na feira: sabiam a cona, mas tu deste uma trincadela e disseste: argh! Isto sabe a merda!!!
Vai rodando! Deste a trincadela do lado errado
O sabor das fezes do diabo não é sabor do início da vida
Ninguém nas Belas-Artes te explicou que mais de metade do trabalho em Arte é posicionares o teu trabalho e inventares uma persona vendável?
Na realidade esse é o trabalho do artista. O verdadeiro trabalho do artista é convencer os outros que o seu trabalho, seja o que for, é arte. E isso é que é ser artista.
Vá lá! Ah que chatice lamber cús e tal… Chama-se ser adulto! Ser um animal social, ser razoável. Para que outros te vendam tens de saber vender-te. Em que século vives? Em que húmido sótão do pensamento subsistes a comer insectos?
As coisas têm de ter um nome e têm de ser reconhecidas pelas máquinas de reconhecimento. As máquinas são, é certo, demasiado simples pelo que te parecem demasiado complicadas.
Tens um país com artistas conceptuais que ultilizam o novo tratado ortográphico- newspeack
A arte também será e já está a ser newspeack.
Tudo aquilo que é tratado como sendo arte acaba por ser arte
De certa maneira a Arte é como Deus. Abrange tudo, prácticas tradicionalmente artísticas (estas menos, por acaso) e prácticas que só agora podemos revelar como artísticas.
Como massagems, defecar em cabeleireiros, empregadismo de mesa sobre tela, manipulação de matilhas, Eutanásia, Tortura (mental e física), trapézio, lamber selos, etc.
No futuro haverão máquinas perfeitas que avaliarão a arte de uma forma justa.
Dirão quem é quem não é
E
o que
É e o que não é.