Doces Penetrações
Num lençol
Estão dois percevejos
Enquanto nós
Damos uns beijos
Parecem simples
Na sua pequenez
Mas foi assim
Que te tirei os três
Doces penetrações
Até aos colhões
Há dez anos
Tiveste um orgasmo
Enquanto eu lia
O velho Erasmo
Entretanto tu
Lias Platão
Enquanto eu
Coçava um colhão
Doces penetrações
Até aos colhões
Querida
Lubrifica-me a ogiva
Com a tua
Magnífica saliva
Vem ver a luz
Ao fim da bela caverna
Com a minha
Simpática lanterna
Doces penetrações
Até aos testículos
Eu fui a Paris
Eu fui a Paris, comprar um lápis
Fui a Nova York, comprar um xarope
Eu fui a Moscovo, comprar um ovo
Eu fui a Alcoutim, comprar um bandolim
Eu fui à Foz do Arelho, comprar um pintelho
Fui a Alcanhões, comprar feijões
Eu fui a Troia, comprar uma giboia
Fui a Linhol, comprar um urinol
Fui a Almourol, comprar um caracol
Eu fui ao Porto, comprar um nado-morto
Eu fui às Antas, comprar mantas
Fui a Calecut, comprar azimute
Fui a Camelot, comprar um dodote
Eu fui ao Luso, comprar um parafuso
Fui à Ribeira, comprar um disco do Dino Meira
Eu fui à Rússia, comprar uma dúzia
Fui à Porcalhota, comprar uma cambota
Fui à Cova da Iria, comprar uma bateria
Fui à União de Lamas, comprar um guarda-lamas
Para a minha nova camioneta Berliet.
Florbela espanca-me
Florbela, espanca-me…
Vira-me as tripas com o ancinho,
Bate o chicote devagarinho…
Florbela espanca-me.
Florbela, bate-me
Trucida-me com a dama de ferro
Tortura-me até ao enterro
Florbela espanca-me
Mas por favor não comas os meus lápiz de cor
Mas, Florbela, não desapertes a minha trela
Florbela, bela flor do Mal
Foi em Setembro que me partiste a dentadura
Acorrentaste-me numa gruta escura
Depois, nunca mais apareceste
E ainda hoje espero por ti, Florbela
Florbela, chateia-me os cornos
Esconde a televisão quando vejo a bola
Dá cá o tacão para eu lamber a sola
Florbela espanca-me, mastiga-me, estica-me, ata-me
Rita Vomita
Rita Vomita
Rita Bonita
Rita Vomita
Vomita, vomita.(estribilho)
Quarenta comprimidos daqueles cor-de-rosa
Tem cuidado Rita, olha que é prá overdose
Tu queres te matar e nunca ves o meu amor
Estás sempre a pensar naquele merdoso actor
Dez Amendoas Amargas e trezentas Super-Boques
Tu vais vomitar cargas que até enchem os reboques
Quarenta Margueritas e Vermute com Medronho
Entre todas as pitas tu é que és o meu sonho
Três barricas de tinto, duas aguardentes velhas
Haxixe com Absinto, estás cheia até às orelhas
Estás te a cagar pra mim, só pensas naquele anormal
Só queres beber Vinho e ir pró Hospital
Encheste as sanitas com duzentos Fringánoides
Andas com trogloditas, sodomitas, mongoloides
Se não deitas pra fora vais parar ao cemitério
Mas vem comigo embora que eu sou um gajo sério